Nunca adoraremos verdadeiramente ao Senhor até que O conheçamos e entendamos a razão pela qual Deus nos criou. Em Isaías 43.7 Deus diz que Ele nos criou para Sua própria glória e em 1Co 10.31 diz a Bíblia “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”. O Catecismo maior de Westminster diz que a razão da nossa criação é “glorificar a Deus e goza-lO eternamente”.
Além de vários outros conceitos sobre adoração, eu resumo nestas cinco palavras VIVER PARA GLÓRIA DE DEUS. Aquele que é eternamente adorado, graciosamente criou o homem para seu adorador lhe provendo o privilégio de ao Senhor trazer adoração.
O que é Glória?
A glória consiste em honrar, exaltar. O termo hebraico para indicar a ideia de «glória» é kabod que significa «ser pesado», indicando a grandeza da espantosa presença de Deus, sua perfeição, seus atributos e sua santidade.
Existem alguns princípios práticos da vida cristã visíveis neste textos que gostaria trazer para nossa reflexão:
O QUE É EXIGIDO PARA VERDADEIRA ADORAÇÃO?
1. Conhecimento (v.10, 22)
Quando contemplamos a grandeza de Deus, somos convictos da nossa pequenez, quando contemplamos a santidade de Deus, conhecemos nossa pecaminosidade e nossa carência por Deus; Isaias quando viu o Senhor no Alto e Sublime trono, declarou “Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros” (Isaias 6.5). Esse eficaz conhecimento do dom de Deus, de Suas bençãos e acima de tudo o entendimento quanto a pessoa de Deus (Oseias 6.6), nos impulsiona a buscá-lO e verdadeiramente adorá-lO. “O homem que conhece melhor a sua pecaminosidade, conhece melhor a graça de Deus.” Martin Lloyd Jones.
Jesus fala da água viva referindo-se ao Espírito Santo (Hb 10.22; Jo 7.37-39; Ap 21.6). Somos secos, estéreis, não existe vigor em nós até que o Senhor nos regue com Seu Espírito. “Porque Cristo seria enviado com a plenitude do Espírito, se não estivéssemos totalmente vazios?” João Calvino.
O que acontece quando não temos a revelação ou o conhecimento do Senhor? (Pv 29.18) perecemos, pervertemos o alvo da adoração, cometemos o mesmo erro que a mulher cometeu (v.12), exaltamos os homens acima de Deus, o adorador acima daquEle que é o alvo de toda a adoração.
Somos ensinados ainda (v.13-14) sobre os paralelos entre poços e fonte, cisterna e manacial, sombra e imagem, os repetidos sacrifícios da antiga aliança e o sacrifícios do Cordeiro de Deus oferecido de uma vez por todas.
2. Sentir sede (v.15)
Uma das características do verdadeiro adorador é a inconformidade quanto ao que ao que sabe, conhece ou já experimentou, e continuamente anseia por Deus e as coisas do Seu reino. “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”; para cada dia Deus tem um novo maná.
3. Tratar de nosso pecado (v.16)
Jesus intencionalmente confronta o pecado da mulher, aparentemente pede algo fora do contexto da conversa, a mulher pediu “dá-me dessa água” e Jesus respondeu “chama teu marido e volte aqui”.
Sou lembrado aqui de uma passagem das Escrituras “Não se põe vinho novo em odres velhos, senão o odre rebenta-se, não se põe remendo novo em roupa velha, senão a roupa rasga-se”, da mesma forma, não se põe água limpa em vasilhas suja, pelo contrário toda água na vasilha fica suja.
Me refiro a vasilha suja, todo aquele que não é quente nem é frio, pelo menos aquele que é frio conhece sua frieza e necessidade de ser aquecido, já o morno não tem noção de seu situação, vasilha suja é todo aquele que é sujo e não reconhece sua sujeira, pobre e não reconhece sua pobreza, fraco e não reconhece sua fraqueza, pecador e não reconhece sua natureza pecaminosa. Deus nos aceita como somos, mas não de qualquer forma, Ele exige de nós arrependimento, convicção de pecados, disponibilidade para ser moldado, para de “glória em glória” por Ele ser transformado.
O QUE É ADORAÇÃO EM ESPÍRITO E EM VERDADE?
A verdadeira adoração não está centrada ou limitada a um determinado espaço, mas é exclusiva a pessoa de Deus.
“A hora vem” refere-se a nova dispensação. O que é dispensação? Significa “administração” ou “gerência”, se refere ao método divino de lidar com a humanidade e de administrar a verdade em diferentes períodos de tempo. Na antiga dispensação Jerusalém era o centro da adoração, mas “a hora vem” que a adoração será centrada não mais em sombra ou figuras do Antigo Testamento, mas em Cristo em quem se cumpre as figuras da antiga dispensação.
a) Adoração em espírito
Quem não nasceu do espírito não pode adorar a Deus, porque Deus é espírito. Ninguém produz nada que não seja da sua própria própria espécie;
Gênesis 1:12. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
Mateus 7:17. Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
Malaquias 1:7. Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível. 8. Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos Exércitos.
João 3:6. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
Romanos 12:1. Portanto, caros irmãos, rogo-vos pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto espiritual.
b) Adoração em verdade
Jesus fala de adoração em verdade fazendo um contraste à adoração inadequada e falsa dos samaritanos (II Reis 17.33). Jesus fala de adoração em verdade fazendo um contraste à adoração inadequada e falsa dos samaritanos (II Reis 17.33). João 17:17. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. (Bíblia Sagrada ACF); A adoração em verdade consiste em vivermos debaixo do padrão da verdade de Deus.
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